O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota nesta quinta-feira sobre o acordo entre Israel e o Hamas para novo cessar-fogo na Faixa de Gaza, no Estado da Palestina, reconhecendo o papel dos Estados Unidos e a mediação do Catar, Egito e Turquia.
Segundo o Itamaraty, o acordo, se for efetivamente implementado, deve interromper os ataques israelenses contra Gaza, que provocaram mais de 67 mil mortes, grande parte de mulheres e crianças, além de pôr fim ao deslocamento forçado de quase dois milhões de moradores e à devastação "sem precedentes" da infraestrutura civil do território.
A proposta de paz prevê a libertação de todos os reféns israelenses, em troca de prisioneiros palestinos, a entrada de ajuda humanitária, a retirada das tropas israelense, além de criar condições para imediata reconstrução de Gaza, com apoio da comunidade internacional.
Ao comemorar o anúncio, o governo brasileiro ressaltou ainda a dimensão humanitária do acordo, já que "o cessar-fogo deverá resultar em alívio efetivo para a população civil".
O Brasil também exorta as partes a cumprirem todos os termos colocados e a engajarem-se de boa-fé em negociações para a retirada completa das forças israelenses de Gaza, o início do urgente processo de reconstrução da Faixa, sob coordenação palestina, e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina sob seu legítimo governo.
A manifestação reforçou ainda a convicção do governo brasileiro de que "uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio passa pela implementação da solução de dois Estados".
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