A moeda norte-americana recuou 0,07%, cotada a R$ 5,8077. Já o principal índice da bolsa de valores avançou 0,29%, aos 123.864 pontos.
O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (12), a R$ 5,80, conforme investidores repercutiam novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos e seguiam atentos aos desdobramentos do "tarifaço" implementado pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Por aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou que os preços subiram 1,31% em fevereiro. Esse foi o maior patamar do IPCA para um mês de fevereiro desde 2003, há 22 anos.
O resultado veio levemente acima da expectativa do mercado, que estimava um avanço de 1,30%. Em janeiro, a inflação foi de 0,16%.
Ainda no exterior, a política tarifária de Trump continua a gerar cautela nos mercados, que temem que as diversas taxas anunciadas pelo presidente no último mês possam gerar uma maior pressão inflacionária nos EUA, além do receio de que a maior economia do mundo possa viver um período de recessão.
Nesta quarta, entraram em vigor as tarifas de importação de 25% sobre o aço e alumínio que chegam aos EUA de todos os países. Em abril, outras taxas devem começar a valer, como as sobre produtos agrícolas e as tarifas recíprocas.
A moeda norte-americana passou a subir logo após a divulgação dos dados. Mas, ainda no fim da manhã, seguiu trajetória de queda, de olho também no cenário externo.
Nos EUA, a inflação teve alta de 0,2% em fevereiro. O resultado representa uma desaceleração em relação ao aumento de 0,5% observado no mês anterior, e abaixo da expectativa dos mercados, que era de um avanço de 0,3%.
Esses dados de inflação são observados com atenção por investidores, uma vez que trazem pistas sobre qual deve ser a postura dos bancos centrais do Brasil e dos EUA na condução das das taxas de juros nos próximos meses. Uma inflação mais controlada pode sinalizar.
G1
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