Setembro é o mês de conscientização sobre os cânceres ginecológicos, que atingem milhares de mulheres todos os anos no Brasil. A campanha Setembro em Flor, organizada pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, alerta para a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento desses tumores. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, mais de 30 mil mulheres são diagnosticadas, por ano, com algum tipo de câncer ginecológico.
Tipos de câncer
O tipo mais conhecido é o câncer do colo do útero, causado pelo HPV – o Papilomavírus Humano, transmitido principalmente pelo contato sexual. Para este caso, existe vacina disponível na rede pública, para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Já na rede privada, a imunização pode ser feita até os 45 anos de idade.
Outro tumor frequente é o do endométrio, a mucosa que reveste o interior do útero. O risco de câncer na região aumenta na pós-menopausa, em mulheres com diabetes e outros fatores. A oncologista ginecológica, Gabrielle Scatolin, explica.
“O sintoma mais comum, disparadamente, é sangramento uterino pós-menopausa. A gente sempre tem que alertar os ouvintes que não é normal ter qualquer sangramento uterino na pós-menopausa, sempre tem que ser investigado.”
O câncer de ovário também preocupa. Em 75% dos casos, ele só é descoberto em estágio avançado, o que dificulta o tratamento. Isso costuma ocorrer, porque a doença tem sintomas que podem ser confundidos com outros problemas, como explica Gabrielle.
“A maioria das pacientes descreve sintomas básicos, como, por exemplo, distensão abdominal, sensação que a barriga está um pouco maior, como se fosse uma indigestão. Isso aí acaba sendo confundido com os sintomas de doenças comuns e não se pensa em câncer de ovário, que pode também trazer esses sintomas que são inespecíficos."
Já os tumores da vagina e da vulva são mais raros, mas exigem atenção especial. O risco é maior em mulheres mais velhas, fumantes ou que já tiveram HPV. Os sinais de alerta incluem:
- sangramento anormal,
- dor,
- coceira,
- feridas ou inchaços na região genital.
A mensagem é clara: prevenção, diagnóstico precoce e informação salvam vidas.
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