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Setembro Amarelo: Campanha alerta para prevenção ao suicídio no país

 

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© Arte/EBC

“Eu fiquei sem ação, paralisada. Depois de algumas horas, foi como se a ficha caísse e eu ficasse escutando aquela voz que meu filho tinha tirado a própria vida.” O depoimento de Nilza Bete Lima reflete a dor de quem perde um ente querido para uma das principais causas de morte no mundo, o suicídio.

De acordo com a OMS, Organização Mundial da Saúde, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. Só no Brasil, são 14 mil vidas perdidas. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta principal causa de morte, ficando atrás de acidentes, tuberculose e a violência.

Pesquisa do Observatório de Suicídio e Raça, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, chama atenção para um dado alarmante: mais de 82% dos suicídios registrados entre 2019 e 2022, no Nordeste, ocorreram entre pessoas negras.

Um outro estudo, publicado na revista científica americana Pediatrics, revela que 62.5% de pessoas LGBTQIA+ que fizeram parte do levantamento já pensaram em suicídio e têm seis vezes mais chance de tirar a própria vida em relação aos heterossexuais.

Para a psicóloga Carolina Roseiro, do Conselho Federal de Psicologia, estes são aspectos que merecem atenção. “Questões de gênero, as questões raciais, étnicas, elas também precisam ser consideradas, porque diferenciam as situações de risco. Então, é muito importante que a orientação para o auxílio profissional alcance essas pessoas.”

A especialista destaca que, do ponto de vista da saúde mental, é preciso observar os sinais. “A gente precisa pensar em duas questões fundamentais: a expressão de desesperança e de autodepreciação. Esses dois sinais, eles são importantes de serem observados. Acontece que muitas vezes o ato pode acontecer sem essa demonstração de sinais prévios.”

Para esses momentos, Carolina Roseiro ressalta a importância de pedir e oferecer ajuda. “Muito importante que qualquer sinal seja encaminhado para profissionais e aí, nessa busca por auxílio profissional, a psicologia é uma profissão presente em diversos serviços públicos e pode ser importante nesse acolhimento inicial. Havendo necessidade de um diagnóstico e havendo necessidade de prescrição de medicamentos ou de manejo de medicamentos, aí é necessário um encaminhamento para um profissional da medicina.”

E este é o tema da campanha deste ano, promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina: “Se precisar, peça ajuda!”.

E lembre-se, você não está só. O SUS oferece atendimento gratuito pela Rede de Atenção Psicossocial e o CVV, Centro de Valorização da Vida, também presta apoio emocional: ligue 188.

*Com produção de Joana D'arc

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